segunda-feira, 22 de julho de 2013

E depois?


Antes: Se, mas, porque, então, talvez, ruínas de palavras que atropelam os (desesperados) sentimentos.
Não por saber que algo teve o sei fim num abismo, é por saber, que ao cair, esse algo, por incrível que pareça, possa e tenha probabilidade de estar vivo, magoado, partido, rebentando de todas as costuras, mas algo que ainda posso concentrar as suas forças ou em deixar-se levar pela brisa, ou em levantar-se e subir o grande abismo.

Durante: Era como abrir os olhos e já não desejar uma caixa de fósforos e gasolina para queimar aquele antigo mundo, saboreando aquela ligeira brisa com o sabor mais maravilhoso que alguma vez sentira. Era melhor que acordar de manhã e não sentir a pulsação baixa, mas sim viva, alterada e a rejuvenescer todos os dias. Sentir o vento passar por entre os meus dedos e saber que naquele momento poderia eu ser infinito e sermos a maior exuberância alguma vez criada. Era como se todos os versos de um triste poema tivessem caído e do chão brotassem versos e rimas de alegria, como uma manhã de primavera quando somo acordados pelo belo som das andorinhas. (Olhem para mim pareço Shakespeare aff) E acordava de manhã, era como despertar num melhor sitio do mundo, sim, possivelmente não fiz as melhores escolhas, mas tudo o que o destino concretizou, valeu a pena, como se fosse uma viagem com curvas e contra-curvas mas no fim seria uma bela paisagem, numa clareira luminosa, rodeada pelos mais perfumados ventos do oeste, as melhores sensações a voar sobre o enorme céu, como uma simples rocha naquele espaço fosse o suficiente bela para tornar tudo à sua volta majestoso.

Depois: Depois? Depois sobe uma escada, leva uma corda contigo. Não, não o faças. Apenas olha para a imensa solidão dessas quatro paredes e nem sequer penses. Aí já não há a brisa refrescante, já não há o braço que reconforta qualquer mal. Desce e deita-te na cama.
Muito bem. Apagamos este mundo cinzento, apagamos cada lágrima, apagamos cada suspiro dado, apagamos tudo menos os pequenos e perfeitos momentos, que dançam, correm e maravilham-nos, pequenas memórias de sanidade que percorrem todos os pensamentos da nossa mente.
Depois? Fecha-mos os olhos. E vê-mos quem antes estava lá. Começa a preocupar-te é quando estiveres com os olhos abertos e veres quem antes estava lá. no lugar do vazio e do pó.

Depois do Depois: Apenas bebo um copo de café quente e abro bem os olhos, tendo esperança e sanidade nas minhas atitudes. Apenas seguro o meu corpo bem firme e penso no filme de terror que faço na minha cabeça, talvez não seja assim tão mau. É? E agora, o que vem? Não tenho espaço para um outro ''depois'', pois agora é o presente. O que acontecerá depois?

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