quarta-feira, 11 de abril de 2012

Terceiro dia# Nascer de um regresso

Bem, acho que dormi dois dias seguidos e agora que acordei apercebi-me que isto não é o meu lugar. A verdade é que as saudades conseguiram sair do baú e voaram até mim.
Fazes de mim desespero, mas entre esses teus pensamento eu direi que não vou voltar. Ainda não.
Como antes nos meus pensamentos, fiz tudo o que sonhara fazer contigo, mas na realidade fiz tudo sozinho, sem mão a segurar a minha, sem o abraço a meio da noite, sem a forma em que me aqueces com o calor do teu corpo naquela noite gelada.
Olhei as estrelas. Brilhavam, lindas, no céu escuro. Olhei para o lado e estava sozinho, apenas com a companhia da leve brisa e bater-me na cara.
Machuquei um papel, queimei-o e deitei fora as cinzas. Não queria escrever-te, não queria sentir-me preso.
Provei do whisky e bebi a noite toda, encantado pela música que o rádio antigo transmitia. Embalado nos meus sonhos pensei na forma como ainda me fazias feliz só de pensar no que eras para mim. Mas estava com dúvidas, questões que só tu me podias responder, mas estava longe de ti, e nem a tua voz me fazia saudade, apesar no teu abraço o fazer. Sonhei com momentos que guardo na memória, e relembrei nos sonhos o que esta fase da minha vida era contigo.
De manhã acordei e olhei o nascer do sol, era belo, como um despertar para um mundo novo. Pensei que não poderia permanecer longe mais tempo. Olhei à volta e vi algo que me acolhera entre todos estes dias.
Coloquei a mala às costas e comecei o meu caminho de regresso. Relembrei os dias anteriores e desapareci no horizonte cantarolando uma musica e regressando para ao pé de ti.

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